20/03/2009

PINTASSILGO DA BOLIVIA


Pintassilgo, da Patagônia ao Norte do Brasil

Muitos são os pássaros que os ornitólogos amadores e ornitófilos chamam de Pintassilgo, variando muitas vezes no tamanho e nas cores estes tipos se apresentam em quase todo o continente sul-americano, desde a Patagônia até as regiões mais quentes do norte. Se bem que a maioria dos Pintassilgos pertença à mesma família dos Fringilídeos, os mais característicos são aqueles do gênero Spinus, que são eminentemente de origem sul-americana, mais propriamente da Terra do Fogo (Patagônia), onde de início vamos encontrar o Senos magellanicus magellanicus, que recebeu este nome por ser encontradiço no Estreito de Magalhães, a que os franceses chamam de Magella. Esta subespécie é chamada de Pintassilgo da Patagônia. Mais para o norte do continente, de Buenos Aires até as regiões centro-sul do Brasil, vamos encontrar outra subespécie, ou seja, o Pintassilgo do Sul (Spinus magellanicus ictericus) que novamente é substituído mais ao norte ou oeste pelo Pintassilgo do Oeste (Spinus magellanicus alleni).

Todas estas três subespécies são muito semelhantes no aspecto e no colorido.

Serve aqui lembrar de que como ocorre com a maioria dos animais, também os Pintassilgos em suas espécies mais aparentadas, se sucedem umas as outras, conforme andamos de um para outro lado no globo terrestre, confirmando as observações que Oarwin fez a bordo do Beagle.

Subindo mais no mapa do continente americano, vamos encontrar, já nos Estados Unidos, o Spinus tristis, que então poderíamos chamar de Pintassilgo Americano, e assim por diante, com o Spinus yarrelli no nordeste brasileiro, o Spinus cuculatus na Venezuela, o Spinus stratus no Chile etc.

Além dos pássaros do gênero Spinus, temos os do gênero Carduelis que também são chamados de Pintassilgos como é o caso do Carduelis carduelis ou Pintassilgo português (do Reino), o Carduelis spinus ou Pintassilgo Verde e o Carduelis atrata ou Pintassilgo da Bolívia.

Outros ainda, apesar de não serem deste gênero, são também chamados de Pintassilgo como o Cissops levariana ou Pintassilgo da Mata Virgem e o Nemosia guirra ou Pintassilgo da Amazônia.

Outras informações sobre os Pintassilgos podem ser obtidas no Pequeno Manual do Ornitólogo Amador, onde há um capítulo inteiro sobre estas pequenas aves da ordem dos pássaros.

Os Pintassilgos e em especial o nosso Spinus magellanicus ictericus são pássaros muito frágeis e, quando caçados, raramente resistem ao cativeiro quando são submetidos ao trato de pessoas pouco hábeis. Os pássaros não devem ser criados! Mas como sabemos que a caça aos Pintassilgos ainda é uma realidade aconselhamos aos "caçadores" que sempre libertem as fêmeas, ou todos os tipos jovens, de sexo indefinido, para melhor se preservar esta espécie. Aos machos adultos cativos se deve dedicar uma atenção toda especial, pois, raramente não morrem em cativeiro já nos primeiros dias. Entre diversas coisas a fazer se diz que a higiene das gaiolas é um fator de grande importância. O Pintassilgo deve ser mudado de gaiola a cada 15 didas, ao menos, nos 3 ou 4 primeiros meses. Neste período a alimentação deve ser à base de verduras tenras e de uma mistura de níger e alpiste. Nas primeiras semanas de cativeiro, se deve usar sulfa em diluição na água dos bebedouros, pois, ao que parece, os Pintassilgos recém-cativos morrem devido a infestação de germes e parasitos, aos quais, na natureza, podem melhor combater por processos ainda desconhecidos.


Dicas:
Não compre aves silvestres de nossa fauna se esta não possuir autorização do IBAMA.
Você pode adquirir um pintassilgo nacional legalizado através de criadouros e criadores regularizados pelo IBAMA.
Caçar aves silvestres no Brasil é crime ambiental e penalizado com multa e prisão

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